Micro-ônibus do transporte alternativo, conhecidos como “amarelinhos”, passaram por uma nova fiscalização na manhã desta quarta-feira (26) na Zona Leste de Manaus.
A ação foi determinada após a morte de um mototaxista de 49 anos, que foi atropelado por um “amarelinho” que trafegava na contramão, no sábado (22). O homem morreu na manhã dessa terça-feira (25).
Até às 10h desta quarta-feira, apenas um micro-ônibus havia sido recolhido, porque estava circulando com placa de veículo particular.
A ação é realizada por agentes do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (Immu), para verificação de documentação, lotação de passageiros, estado físico dos veículos e a forma como os veículos são conduzidos.
O diretor de transporte do Immu, Edinaldo Castro, informou à Rede Amazônica que a fiscalização de todos os tipos de transporte, além do alternativo, será intensificada nas Zonas Leste e Norte.
“O Immu se solidariza com a família do mototaxista que foi morto de forma cruel, de forma covarde. É importante dizer que desde o ano passado, as fiscalizações tem se intensificado. Já conseguimos mudar cerca de 40% dos maus motoristas que insistem em causar terror nessas zonas da cidade”, disse.
O diretor orientou que a população registre, por meio de fotos ou vídeos, situação em que tenham se sentido ofendida ou maltratada pelos motoristas do transporte coletivo. As denúncias podem ser encaminhadas ao Immu por meio do 181, ou do site immu.manaus.am.gov.br.
Motorista que atropelou mototaxista na contramão queria ‘cortar caminho’, diz delegado
O delegado do 14º Distrito Integrado de Polícia (DIP), Christiano Castilho, disse ao g1 que o motorista de um micro-ônibus que estava na contramão e atropelou um mototaxista, em Manaus, falou em depoimento que queria “cortar caminho para ganhar tempo”.
O caso ocorreu na noite de sábado (22), na Avenida Brigadeiro Hilário Gurjão, no Jorge Teixeira. O homem vinha em alta velocidade e no sentido contramão da pista.
O depoimento do motorista, que também não teve a identidade revelada, ocorreu nesta terça-feira (25). Ele chegou ao 14º DIP acompanhado do advogado.
Em depoimento ao delegado, ele disse que só queria chegar mais cedo no ponto de parada da cooperativa.
Castilho disse que a polícia não considera o depoimento como uma verdade absoluta, uma vez que o homem pode mudar a fala e que não tem a obrigação de criar provas contra si mesmo. Todavia, com a morte do mototaxista, o caso deve ser encaminhado para a Delegacia Especializada em Acidente de Trânsito (DEAT).
Por fim, o delegado também acredita que apesar do depoimento do homem, é preciso esclarecer mais pontos na história apresentada pelo condutor do micro-ônibus:
“Ele alegou esse motivo de cortar caminho para chegar mais rápido na cooperativa, né? Mas acreditamos que tenha mais alguma coisa por trás. Estamos investigando”, finalizou.