Com presença do mestre Vitor Hugo e marujeiros de base, projeto cumpriu objetivos e atingiu alto nível de satisfação entre os participantes
A primeira Oficina de Percussão da Marujada de Guerra teve seu encerramento na última sexta-feira (30/04). Durante cinco dias, dezenas de participantes se encontraram no Atlético Rio Negro Clube, Centro de Manaus, para iniciação na arte da fabricação, manutenção e afinação dos instrumentos de percussão da toada de boi-bumbá. A realização do projeto Oficina de Percussão da Marujada de Guerra foi contemplado por edital Prêmio Feliciano Lana, que integra as ações emergenciais da Lei nº 14.017/2020, conhecida como Lei Aldir Blanc, operacionalizada pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.
O conteúdo teórico e prático proposto tornou a capacitação dinâmica, participativa e realizada cumprindo atentamente o protocolo sanitário de prevenção à covid-19, com uso obrigatório de máscaras, disponibilidade de álcool 70% em gel e distanciamento social, além de ser ambientado em local aberto.
Ministrante da oficina, Ney Dartanhã Gadelha avaliou como positivo o projeto. “O conteúdo foi bem assimilado pelos participantes e vários desses mostraram que têm boas perspectivas de se aprimorar no ritmo”, disse o mestre de percussão.
Coordenador do projeto, Rogério Jesus destacou a receptividade dos participantes à Oficina de Percussão. “Estamos felizes por socializar os conhecimentos tradicionais da Marujada de Guerra ao público que tão bem nos acolheu nessa capacitação”. Ainda segundo o coordenador, a Marujada de Guerra não medirá esforços para a realização de mais eventos. “A oficina foi um sucesso e vamos seguir trabalhando para oferecer mais oportunidades”, concluiu.
Convite e exibição de ritmo – Como forma de incentivo ao aprimoramento dos conhecimentos adquiridos, o mestre da Marujada de Guerra, Vitorhugo Morais, convidou os participantes da oficina a integrar os ensaios realizados na capital amazonense. “Quem deseja participar da Marujada, terá a oportunidade de ensaiar conosco e se aprimorar, assim que a pandemia passar”, disse o responsável pela regência do melhor ritmo nos ensaios em Manaus e no Festival de Parintins há mais de dez anos.
A seguir, os participantes da Oficina de Percussão assistiram uma exibição dos marujeiros de base, onde puderam fixar conhecimentos sobre os instrumentos da Marujada de Guerra, ritmo e musicalidade, com a oportunidade de tocar sob a orientação dos experientes ritmistas. Ao final da atividade, um coquetel foi oferecido aos presentes.
Marujada de Guerra – Item oficial nº 3 do Boi-Bumbá Caprichoso, a Marujada de Guerra é o grupo de percussão que fornece um referencial rítmico indispensável às suas toadas. Representa sustentação rítmica, tradição, base para o espetáculo de arena no Bumbódromo, nas três noites de Festival Folclórico de Parintins.
Fotos: Roger Matos