A Polícia Federal realiza nas primeiras horas da manhã desta quarta, 2 de junho, uma ação em Manaus. O alvo são endereços do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e de deputados estaduais.
A informação é confirmada por fonte confiável do BNC Amazonas. Não há, contudo, maiores detalhes da operação até este momento.
Em instantes, novas informações serão disponibilizadas.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) julga hoje (2) se recebe ou não denúncia criminal contra Lima e seu vice-governador, Carlos Almeida Filho (PSDB).
Eles são acusados de cometer crimes na compra de respiradores na primeira onda da covid, em 2020.
Lima e Almeida Filho foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Além deles, o secretário-chefe da Casa Civil do Amazonas, Flávio Antony Filho, o ex-secretário da Saúde Rodrigo Tobias e outras 14 pessoas, entre empresários e servidores públicos.
De acordo com a PGR, a investigação começou ainda em 2020, depois que 28 respiradores foram comprados em uma loja de vinhos.
Caso o STJ acolha a denúncia, governador e vice, além dos outros servidores, poderão ser afastados dos cargos. A denúncia pode ser recebida integral ou parcialmente, com o STJ tornando réus e/ou afastando apenas parte dos acusados.
Segundo a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, que assina a denúncia, instalou-se no governo do Amazonas “uma verdadeira organização criminosa que tinha por propósito a prática de crimes contra a Administração Pública, especialmente a partir do direcionamento de contratações de insumos para enfrentamento da pandemia, sendo certo, que, em pelo menos uma aquisição, o intento se concretizou”.
A PGR calcula que o grupo tenha causado prejuízo aos cofres públicos de pelo menos R$ 2,2 milhões, e pede o pagamento de indenização de igual valor e a perda dos cargos públicos. Além disso, pede pagamento por danos morais coletivos no valor de R$ 191,8 mil.
Em junho do ano passado, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal cumpriram buscas e apreensões em 14 endereços de pessoas ligadas ao governador do Amazonas.
As medidas foram determinadas pelo ministro Francisco Falcão, do STJ, e incluem o bloqueio de bens no valor de R$ 2,9 milhões.