Moradores dos conjuntos Jardim Sumiré e Jardim Sakura denunciam a ocupação irregular de um terreno na Avenida das Torres, com rua Hansei, Bairro Parque 10 de Novembro, Zona Centro-Sul de Manaus, por empresários locais do ramo de alimentos.
Em conversa com o Portal, a moradora do conjunto Jardim Sumiré, Vanessa Souza, que mora bem próximo da área invadida do terreno informou que a situação começou a cerca de um mês.
“Moro no conjunto desde a sua construção, estamos há anos pagando as taxas de limpeza e segurança para tornar o ambiente mais seguro para nossas famílias e hoje depois do bom trabalho realizado pela Associação de Moradores temos que lidar com as investidas de pessoas oportunistas. Necessitamos de providências do poder público, os moradores já arcam com as despesas de limpeza, conservação e segurança. A área que está sendo invadida sempre foi mantida pela comunidade e para mim é revoltante ver nosso trabalho de anos ser tratado desta forma”, desabafou.
A moradora afirmou que a invasão ao conjunto tem provocado revolta em todos os moradores. “Nós pagamos segurança e limpeza das áreas comuns e rua para pessoas desconhecidas estacionarem na frente das nossas casas, o que tem dificultado o serviço da empresa que garante nossa segurança e limpeza das nossas ruas, como vamos garantir a segurança das nossas famílias se existe grande aglomeração no conjunto“.
Uma moradora do Conjunto Jardim Sakura, relatou que o comércio ilegal na área começou com vendas de pasteis. “Moro bem próximo da área invadida, tudo começou com uma senhora vendendo pastel. Ela disse que estava desempregada com a pandemia. Mas na realidade ela está sendo “ajudada” por empresários locais do ramo alimentos. Inclusive deu carteirada nos policiais dizendo que seu advogado era um ex-secretário da gestão municipal passada”.
Segundo relatos da mesma moradora, a dona das barracas aluga uma quitinete para guardar as barracas e mesas. “A senhora paga R$950 em uma quitinete em frente a área invadida para guardar todo o material das barracas”, finalizou a moradora, que pediu para não ser identificada.
A moradora, Kátia Estela, contou que fez reclamação, assim como alguns vizinhos, através do 190. “Chamamos a polícia para conter a invasão na sexta-feira (23/04) e no sábado (24/04). Vieram os policiais do 23º Distrito Integrado de Polícia e fizemos a denúncia. Mas, os invasores retornam. Estamos vivendo dias difíceis, pois os trânsito no local fica terrível. Não tem onde estacionar. Os carros param nas ruas dificultando o tráfego dos moradores e o som que ela coloca prejudica os moradores. A situação está ficando cada dia pior. Alguém tem que tomar providências. Ficamos com medo de passar no local”, desabafou a moradora.
O advogado da comunidade, Wilkens Figueiredo, afirmou que as medidas estão sendo tomadas juntos aos órgãos competentes para coibir este tipo de ação. “Já estamos tomando todas as medidas para conter mais esta tentativa de invasão da área. Já foram muitas. A equipe de segurança foi reforçada para evitar o retorno dos invasores”.
No domingo, (25/04) os próprios moradores revitalizaram a área que os invasores já tinham devastado. Logo, após o plantio de diversas árvores pela comunidade o local foi novamente invadido e arrancaram a plantação.
Área é mantida pelos moradores
Os moradores dos dois conjuntos pagam uma taxa mensal para manterem a área limpa e por seguranças que circulam em motos. O responsável pelo serviço de segurança e limpeza do local, Aluízio Alves, afirma que os moradores pagam uma taxa mensal para a manutenção dos conjuntos. “Os moradores contrataram os nossos serviços para manterem a tranquilidade do local. Fazemos os serviços de limpeza da área que estava sendo invadida. Várias vezes já combatemos a invasão do local. No final de tarde os moradores passeiam aqui com seus filhos, netos, cachorro. Aqui o ambiente é bem familiar. A segurança funciona 24h. Trabalhamos para evitar assaltos, pois esta área é muito visada”.