A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (SES) concluiu, nesta quinta-feira (20/1), que a parada cardíaca sofrida por uma criança na cidade de Lençóis Paulista não foi causada pela vacina contra a covid-19 aplicada.
Na noite de quarta-feira (19/1), a Prefeitura da cidade do interior de São Paulo havia publicado uma nota oficial, informando ter suspendido a vacinação infantil contra o coronavírus após a criança de 10 anos sofrer a reação adversa 12 horas depois de se imunizar. Ela foi vacinada com uma dose da Pfizer, indicada à sua faixa etária.
Em nota, a SES informou que a criança foi reanimada em um hospital e segue em observação. Após a análise do Centro de Vigilância Epidemiológica, o imunizante foi descartado como motivo da parada cardíaca.
“Não existe relação causal entre a vacinação e quadro clínico apresentado”, destacou o órgão. O quadro clínico da criança foi decorrente de uma doença congênita rara chamada Wolff-Parkinson-White (WPW), até então desconhecida pela família.
“Esta é uma condição congênita que leva o coração a ter crises de taquicardia. Algumas destas crises podem ter frequência muito alta, levando até a síncope ou morte súbita”, explica o documento.
O texto da instituição ressalta que “todos os imunizantes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são seguros e eficazes”.
O uso da vacina Pfizer para imunizar crianças de 5 a 11 anos foi autorizado pela Anvisa em 16 de dezembro. A campanha de vacinação infantil começou na última sexta-feira (14), em São Paulo.