A oferta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto no Amazonas cresceu 154%, no período de janeiro de 2019 a abril de 2021, pela atual gestão do Governo do Estado. O total de leitos de UTI saltou de 190, em dezembro de 2018, para 483, em abril deste ano, conforme dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), levantados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM).
Considerando apenas o período de início da pandemia no estado, em março de 2020, o número de leitos de UTI saltou de 230 para 483, um aumento de 110%, no período de um ano e um mês.
O Hospital Delphina Aziz é o que teve a maior expansão no número de leitos de UTI desde o início da atual gestão. Em janeiro de 2019, o hospital tinha 10 leitos de UTI disponíveis. Em março de 2020, já tinha ocorrido aumento para 50 leitos e, em abril de 2021, esse número foi elevado para 180 leitos de UTI adulto.
A unidade tinha 30% de sua capacidade sendo utilizada, e atualmente opera com 100%, tendo 383 leitos no total – 180 de UTI e 203 clínicos. O Hospital Delphina Aziz é o quarto maior do país com disposição de leitos de UTI para casos de Covid-19.
O Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Platão Araújo foi a segunda unidade com maior ampliação dos leitos de UTI, dobrando o quantitativo de 2019 para 2021, ofertando 33 leitos. Já o HPS 28 de Agosto registrou um aumento de 55% no número de leitos existentes; antes do crescimento, em janeiro de 2019, possuía apenas 40 leitos de UTI.
Panorama UTI – Quanto à oferta geral de leitos de UTI (entre adulto, pediátrico e neonatal), o estado teve aumento de 94%. O atual governo assumiu com 317 leitos de UTI disponíveis para a população do estado; em mais de dois anos, esse número subiu para 615, sendo 483 UTI adulto, 61 UTI pediátrico e 71 para assistência neonatal.
Este total fez o estado alcançar o indicador mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde, de acordo com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), na disposição dos leitos de UTI para cada 10 mil habitantes, sendo de 1 a 3 leitos. Em dezembro de 2018, o Amazonas ofertava 0,89 leito de UTI por 10 mil habitantes, e hoje, com a ampliação, é disponibilizado 1,74 leito a cada 10 mil habitantes.
A secretária executiva adjunta de Políticas de Saúde da SES-AM, Nayara Maksoud, ressalta que 85% da população depende do Sistema Único de Saúde (SUS), com 92% dos estabelecimentos de saúde sendo da rede pública.
“Nós temos um pequeno número de hospitais privados que possibilitem o credenciamento para maior expansão de leitos hospitalares ou de leitos de UTI, diferente da realidade de outros estados. Sendo assim, a interiorização da média e alta complexidade e a expansão de leitos, sem olhar de forma ressaltada o fator amazônico, é um dos impeditivos para que a gente possa realmente ser comparada às demais regiões do país, como a região Sul e a região Sudeste”, explicou a secretária de Políticas de Saúde da SES-AM.
Sobre as dificuldades do fator amazônico, a secretária se refere às distâncias, que dificultam a expansão do atendimento de alta e média complexidade no interior. Apesar disto, a atual gestão já trabalha na abertura de leitos de UTI nos municípios polos do interior, iniciando por Parintins.
Leitos clínicos – A quantidade de leitos clínicos disponíveis na rede pública estadual teve alta de 10.619, em dezembro de 2018, para 11.573, até abril de 2021. Um aumento de 954 leitos, neste período, equivalente a 9%. Este resultado também foi alcançado pela relação com a abertura de leitos para casos de Covid-19, com hospitais de campanha implantadas em Manaus, e de Unidades de Cuidado Intensivo (UCI).