O Brasil deve ficar de fora da lista de prioridades de doações de vacinas contra a covid-19 por parte de países ricos, ao menos foi o que ficou definido neste fim de semana em reunião com líderes do G7.
Segundo Uol, o país pode ser beneficiado de forma pontual por gestos de certos governos, mas até então, a percepção é de que o governo brasileiro tem como pagar por vacinas e que, portanto, uma doação neste momento significaria que outros países em situação mais dramática ficariam sem qualquer tipo de abastecimento.
Os líderes do G7 fecharam um pacto para que, até final de 2022, 870 milhões de doses possam chegar diretamente aos países em desenvolvimento. Contando todas as promessas desde o começo de 2021, os governos do bloco apontam que isso significaria 1 bilhão de doses. Mas não houve um esclarecimento sobre quem forneceria essa diferença de 170 milhões de doses.
Num comunicado emitido pela Covax Facility após o encontro, o consórcio criado pela OMS para garantir uma transferência de vacinas pelo mundo indicou que grande parte das doações será canalizada por meio do mecanismo internacional de distribuição.
Mas fontes nas agências confirmaram à coluna que o plano prevê que as doses sejam distribuídas a dois grupos de países mais pobres, com cerca de 92 deles fazendo parte dessa lista.
Os Estado Unidos, por exemplo, ao anunciarem a doação de 500 milhões de doses, deixou claro que países como o Brasil não estavam na lista de destinos prioritários.