O juiz George Hamilton Lins Barroso, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus, já é o quinto magistrado a se declarar suspeito por “motivo de foro íntimo” e recusar atuar no processo que investiga o assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, ocorrido em setembro de 2019, após uma festa na casa de Alejandro Molina Valeiko, que é enteado do ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB) e na época estava à frente do município.
O magistrado alegou que “a imparcialidade do juiz é o mandamento básico do processo” e que a legislação permite ao magistrado “o exercício da jurisdição de forma descomprometida, com a devida isenção em suas decisões, no sentido de propiciar um julgamento honesto, justo, aceitável e alheio a paixões”.
Fora George Barroso também recusaram o processo pelo mesmo motivo os magistrados: Anésio Pinheiro, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Ana Paula de Medeiros Braga, também da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Eline Paixão e Silva Gurgel do Amaral Pinto, que está atuando temporariamente na 3ª Vara do Tribunal do Júri, e o juiz Adonaid de Souza Tavares.
Atualmente, o processo caminha a passos lentos. A audiência de instrução chegou a ser pautada para novembro do ano passado, mas teve que ser adiada por questões processuais. Em dezembro, houve novo adiamento, mas sem data definida. O juiz George Barroso chegou a dizer que o caso é complexo.
Além de Alejandro também são réus no processo Paola Molina Valeiko, outra enteada de Arthur, Elizeu da Paz, José Edvandro Martins de Souza Júnior e Mayc Vinícius Teixeira Parede.