Investigações da Polícia Federal mostram que Wilson Lima autorizou pagamentos vultosos a empresas que nunca prestaram serviços ao hospital de campanha, montado em janeiro deste ano para auxiliar no combate à segunda onda da covid-19. Um deles tem está superfaturado em mais de 500%.
De acordo com documentos produzidos pela Controladoria Geral da União e apresentados pelo Ministério Público, muitas destas empresas já teriam se envolvido em escândalos de contratos superfaturados e irregularidades na prestação de serviços e, mesmo assim, foram contratadas pelo Governo, burlando o sistema de processo licitatório.
As empresas ofereciam serviços de lavanderia externa e limpeza e conservação da unidade e um dos contratos estava firmado no valor de R$ 2.337750,24. Segundo o CGU, o valor cobrado e pago pelo Governo equivale ao serviço executado em um hospital quatro vezes maior que o Hospital de Campanha.
Calculado em percentual, o contrato teve sobrepreço de 539%. Mas as fraudes não se concentravam apenas neste setor, segundo o órgão, elas se estendiam também aos serviços de exames.
Para o STJ, está clara a formação de um esquema de corrupção criado para desviar dinheiro público da Saúde, no momento em que o estado mais necessitava de recursos e que a população morria por falta de leitos e medicamentos.