Ampliando o monitoramento da Covid-19 por meio da vigilância genômica de novas variantes, o Governo do Estado iniciou, na manhã desta segunda-feira (31), a oferta de testagem aos passageiros que desembarcam no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus. Equipes da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) e da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa- Manaus) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) montaram um posto para realização de exames no local.
Os testes são do tipo RT-PCR e o material é coletado no saguão do aeroporto, após monitores orientarem e sugerirem o exame nos portões de desembarque. O RT-PCR é voluntário para 10% dos passageiros de cada voo que chega diariamente ao aeroporto. Os profissionais ficarão no local, atuando em turnos de 12 horas para vigilância por 24 horas.
A diretora-técnica da FVS, Tatyana Amorim, explicou que os resultados de testes de RT-PCR devem ser emitidos em até 48 horas após a realização. As coletas serão analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-FVS).
O secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, acrescentou que cerca de 7 mil testes RT-PCR foram realizados em unidades portas de entrada no mês de maio. Os resultados positivos alcançaram 12% das análises, reforçando a importância da vigilância.
Viajantes – O coordenador regional da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jerfeson Caldas, destacou que o órgão também compõe a estratégia por meio da identificação de viajantes oriundos de áreas endêmicas, sobretudo África do Sul, Inglaterra e Índia. A orientação é dada para a tripulação informar os passageiros sobre a existência do serviço.
Importância – Fernando de Souza, 48, passou pelos aeroportos de Maceió e Recife antes do desembarque em Manaus. Após ser orientado pelas equipes, ele aceitou fazer o exame de RT-PCR no aeroporto para garantir a segurança.
Mesmo vacinado, o enfermeiro Hilton Adriano, 26, reconheceu o valor do trabalho das equipes após viagem ao Ceará. “A gente veio de alguns estados e não vimos nenhum tipo de movimento desses. A gente não viu nada igual em outros estados, então isso me conforta, porque eu sou daqui, trabalho aqui, tenho minha vida aqui e isso me deixa muito feliz, porque estou vendo que o meu estado está fazendo algo para proteger a própria população, pra gente poder ter o controle dessa doença silenciosa”.